Lama Irene traz uma visão de lucidez e amorosidade para podermos lidar com os desafios da situação política atual. “O amor e a compaixão é o que tornam a vida possível. E a gente tem que se lembrar disso e comunicar isso uns aos outros porque a vida está sendo destruída no nosso planeta.”
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Abaixo alguns trechos da palestra:
“E me parece crucial nesse tempo agora termos a capacidade de parar por um curto momento e nos permitir a simplesmente estar aqui. E me parece também muito importante ensinar isso aos mais jovens, à próxima geração, realmente espalhar essa atitude o máximo que conseguirmos.”
“É importante que nós saibamos honrar e valorizar a capacidade em nós de nos encontrarmos com amor e a compaixão. E realmente precisamos protegê-la, não deixar que ela seja envenenada.”
“Os venenos básicos são medo e raiva. E quando medo e raiva estão escondidos e nós não temos acesso a eles, então nós podemos muito facilmente ser manipulados por influências externas. Então é muito importante que nós nos tornemos disponíveis para nós mesmos de uma maneira gentil e amistosa, de modo que nos tornemos capazes de entender nossa própria raiva e medo, nós precisamos entendê-los.”
“Olhando para os próximos 20 ou 30 anos, eu penso que a capacidade de olhar para nós mesmos com compaixão e compreender nossa paisagem interna vai se tornar crucial para a nossa sobrevivência nesse planeta. Porque nessa base, é possível fazermos decisões mais criativas e significativas para nós mesmos e para os outros.”
“Por meio da calma mental podemos nos conectar com a fonte de tremenda generosidade que na verdade já está no nosso ser. Não é uma generosidade artificial e idealista em que você constantemente diz para si mesmo: “você deve ser generoso!”. Mas estender nossa humanidade em muitas pequenas situação do dia a dia em direção a outros seres vivos, incluindo a nós mesmos.”
“O amor e a compaixão é o que tornam a vida possível. E a gente tem que se lembrar disso e comunicar isso uns aos outros porque a vida está sendo destruída no nosso planeta.”
“Nos sentimos muitas vezes deprimidos, impotentes diante de forças tão grandes, com a sensação que não conseguimos participar de uma forma significativa nas mudanças. E esse tipo de peso, depressão, impotência pode envenenar a nós e ao nosso ambiente. É infeccioso.”
“Quem trilha o caminho do Bodichita, treina constantemente para incluir todos aqueles que gostaríamos de excluir porque eles nos irritam tão incrivelmente. Isso é uma atitude. Não significa que nós concordamos com suas ações destrutivas. Não precisamos ingenuamente concordar com suas ações destrutivas.”
“Não é possível desenvolver paciência do nada só porque você pensa que é uma coisa boa. Você precisa ter irritações e desafios.(…) Nós precisamos desses seres do jeito que eles são para podermos conhecer e pesquisar nossas emoções e como as coisas funcionam em nós. Então eles são tão importantes como os Budas dos três tempos, para que a dinâmica do caminho possa realmente se desenvolver.”
“Eu gostaria de encorajá-los para que, se tiver algum acontecimento inesperado que dispare frustração, raiva ou tristeza, e essas emoções destrutivas te pressionarem a reagir muito rápido, pare um momento. E olhem para isso. Ofereça sua capacidade de olhar calmamente para isso. No começo não é muito fácil, mas depois vamos nos acostumando.”
Palestra realizada em Brasília no dia 30 de outubro de 2018, antes do retiro de Lojong.
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